SELMA

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

JULIAN ASSANGE, NOBEL DA PAZ EM 2011?


Como poderíamos chamar o ex-programador e hecker que alimentou manchetes do El País, The Guardian, Der Spiegel, Le Monde e The New  York Times? O indivíduo que despiu a capa de integridade vestida pelos Estados Unidos há décadas é criminoso? Imputá-lo-íamos por que crime? Espionagem? Mas afinal esta legislação não vincou exclusivamente naquela época da ditadura militar?
Se hoje caminha-se para uma maior transparência governamental e, com a ajuda das tecnologias de informação, luta-se por uma participação representativa das sociedades nas principais decisões de um Estado, então, onde está o x da questão?
Pronto, o homem invadiu os arquivos e divulgou-os ao mundo. A repercusão não tardou a reacção do maior atingido na trama. Sem ao menos usar de estratégia matematicamente lógica, puseram-se a construir uma incriminação, ou melhor  duas de violação sexual.
Mas é mesmo tanta coincidência, seria este factor um álibe para justificar o cárcere do matemático e físico? Ou mesmo para discredibilizar todo o conteúdo servido a media internacional? Talvés uma conspiração encomendada pela potência fragilizada na invasão de “privacidade”?
Nove dias de cárcere levantaram questões sobre o autoritarismo dos EUA em querer abraçar o caso com exlusividade. Mas afinal quem teria legitimidade para julgar Assange, caso se provasse o envolvimento em algum crime?
Quem não tem o ADN grudado nos folhetins de Julian, enche-o de elogios, como Vladmir Putin e Lula. Ou será mesmo uma estratégia para não cair na sua rede? E quem tem a ficha suja exposta, não esconde a vontade de matá-lo.
Mudar-se-iam as leis para virar o destino do porta-voz dos nove elementos da WikiLeaks?
Assange fez despertar a questão da vulnerabilidade da segurança dos EUA , sem usar as armas do Bin Laden. Efeito que hoje pode custar muito caro para as relações diplomáticas dos EUA .
Uns chamam-no terrorrista High Tech, mas com tanto protagonismo e ousadia em passar por cima do intocável há fortes hipóteses inclinadas a um Nóbel da Paz em 2011.